Suicídio entre universitários: índice alto e no que podemos ajudar?

Para começar, deixa eu te perguntar: você já passou por momentos de exaustão mental, ataques de pânico, crises de ansiedade, insônia, gastrite, compulsão alimentar, anorexia e/ou qualquer outro problema do gênero enquanto está/estava na faculdade? Independente da resposta, o que vou falar aqui é para você!

A faculdade é uma fase pela qual muitos anseiam passar, muitos já passaram e muitos estão passando. O que não é comentado nem mostrado para nenhum destes grupos, é a questão do número de pessoas que tiveram sua saúde mental e física afetada pela entrada na vida adulta e a “agressividade” das instituições. Esse assunto, em pleno 2018, é tratado como tabu e discutido muito pouco pelos acadêmicos e pela própria instituição, ocasionando um desamparo alarmante para com todos os jovens afetados.

Ao ingressar nas instituições de ensino, a maioria dos calouros se vê obrigado a deixar a casa dos pais para morar nas cidades das suas faculdades. Isso faz com que os jovens adultos tenham um amadurecimento abrupto. Sem contar que iniciar outra fase da vida em um local desconhecido é abalador, você não sabe quem procurar quando tem um problema de saúde, não sabe em quem se apoiar, não sabe nem como chegar nos lugares sem ajuda do queridíssimo celular. E isso é só o começo, pois depois disso você aprende o quão traiçoeiro pode ser o meio acadêmico.

Quando você se dá conta, já está passando por uma carga horária pesadíssima e entrando em maratonas incessantes de estudos. Mesmo assim, com tantos comentários de que o mercado de trabalho está cada vez mais puxado, você se vê entrando em estágios, cursos extracurriculares, e muitas vezes trabalhando no tempo livre para conseguir uma grana extra.

E junto com todos estes fatores, tem aquele que dá o empurrãozinho final para atingir o mental break: a falta de empatia pelo docente! O qual faz discursos sobre como o mercado está difícil, como você é só mais um e que se você não está interessado naquela matéria específica, você deveria desistir do curso porque ele não é para você. Esses são apenas alguns dos exemplos que acontecem com muita frequência e que são em decorrência do distanciamento da relação do docente com o discente.

Por não ser um assunto muito abordado, não existem muitas pesquisas para comprovar o número de jovens que sofrem com isso. Mas, por meio de psicólogos de diversos campi da UTFPR, sabe-se que o número de acadêmicos com desordens mentais chega a 20%. Sem contar nos casos de suicídios que ocorrem semestralmente e são totalmente abafados. O pior de tudo é que os universitários não ficam surpresos com esses dados, ficam surpresos por estes não serem maiores!

A forma de que as instituições lidam com essas situações está longe de mudar, mas existem coisas que cada um pode fazer para evitar passar por desordens mentais, ou pelo menos amenizá-las. Como por exemplo, não deixar de dar um espaço para uma rotina social, participando de eventos culturais e esportivos. E aí entra o papel importantíssimo das atléticas, as quais investem pesado em esportes, bateria e cheerleaders, e isso tudo está disponível para você! Não deixe de participar dessas atividades GRATUITAS que podem te ajudar a redirecionar todo o estresse e frustração que, infelizmente, é mais do que comum.

O dever de um universitário é maior do que estudar, é manter a saúde mental e física em bons estados. Mesmo que isso custe uma, duas ou três DPzinhas. E “teje” dito que antes do sucesso acadêmico vem a saúde!

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