6 coisas que eu fiz para cuidar de mim durante a universidade!

Atualmente é comum encontrarmos nos nossos feeds textos e matérias que falam sobre transtornos mentais relacionados à rotina acadêmica, às vezes chegando as situações extremas, desistência dos estudos, isolamento e até mesmo suicídio.

“EITA LASQUERA, o que que o Integraê tá falando dessas coisas?” Parece um assunto super “pesado”, né? E é, mulekada! Por esses e outros motivos que esse post é sobre isso. Como psicóloga, não há como eu não dizer que ansiedade e depressão são assuntos importantes, devemos discuti-los sim, conversar sobre eles com certeza! Mas sempre com muita ética e respeito pelas pessoas que passam por isso. Não existe receita mágica, “cinco passos para sair da depressão”/“nove dicas para não sofre mais de ansiedade”, o que existe são profissionais preparados para lidar com isso. Consultem mais os psicólogos.

Esse texto é sobre o que eu, como universitária, fiz para cuidar de mim durante a graduação e acho que pode te ajudar a passar pela melhorepócodavida universidade e sentir que foi incrível e não um peso.

1. Uma vez, logo no meu primeiro ano, um professor reuniu minha turma e tentava entender o porquê da grande maioria da sala não ter lido um texto (?) ou era um trabalho? Quem saberá? Fato é que o que quer que fosse, eu não tinha feito. Segundo fato é que ele me disse uma coisa que eu levo pra vida mesmo: vocês precisam escolher onde querem estar. Parece tão óbvio, né? Dããã, ninguém pode estar em dois lugares ao mesmo tempo. A gente pode até saber disso, mas é bem cabeça dura quando se trata de demonstrar uma performance nota 10. A gente quer ler TODOS os textos, se cobra de fazer as mil atividades extras que a universidade proporciona, monitoria, IC, PET, etc. E quando não faz, se cobra por não ter feito. Migos, não dá, tudo não rola, tudo não é saudável, TUDO é exagero! E sufoca. Respire, escolha as matérias que mais gosta, que mais lhe importam, mais lhe interessam e vai de cabeça nelas! Não estou dizendo para abandar o resto, mas estou dizendo que tá tudo bem tirar a média em algumas matérias, a gente não precisa ter CR10. ESCOLHA ONDE VOCÊ QUER ESTAR.

2. Coloque na sua rotina alguma coisa que não tenha NADA a ver com estudar. Uma ótima dica, aliás é… tãn tãn tãn tãaaannn FAÇA UM ESPORTE NA SUA ATLÉTICA. AH VÁ. Atividade física faz bem pra saúde blábláblá, Zzzzz…. ENTÃO TIRA UM TEMPO NA SUA VIDA PARA ISSO E DEIXA DE PREGUIÇA SE NÃO A GENTE VAI TER QUE FICAR REPETINDO O QUANTO É IMPORTE FAZER VOCÊ MEXER O CORPITCHO. Além do espore tem um montão de coisa maneira pra fazer. Aprender a tocar um instrumento. Pede praquele amigo descolado que toca na roda dos amigos e você sempre fica olhando com uma invejinha te ensinar. Vai jogar vídeo game, sabe? Ler um livro de ficção cientifica que você fica sempre adiando com a desculpa de que as coisas da faculdade são mais importantes. É mesmo? Sua vida não é só estudar, vai viver, bb! Duas horas na semana, uma hora por dia, não vão fazer com que você pegue uma dp e seja jubilado da universidade.

3. Entenda que nota não mede conhecimento e inteligência. Taí uma coisa que me irritava MUITO na universidade, aquela competiçãozinha imatura e preguiçosa de que quem tira 10 é o melhor. Não, não é querido! Tirou 10 parabéns, super legal, bem bacana. O que mudou na sua vida? Nada né? Porque eu que tirei menos (7) também vou passar de ano, vou pegar o mesmo diploma que você e poderei encontrar meu emprego dos sonhos, beijostchau. Existem vários tipos de inteligência e é muito burro achar que uma prova valendo de 0 a 10 pode dizer o quanto capaz um ser humano é. Desapega disso! Mais amor, menos competição.

4. Aproveitar o tempo de deslocamento. Eu tinha uma ânsia de produtividade que nossinhora, gente. Ficar 40 minutos, uma hora no ônibus para ir pro estágio era uma verdadeira tortura para mim. Às vezes eu preferia encarar uma longa e cansativa caminhada do que ficar esperando o ônibus Foi então que eu descobri um jeito de viver melhor com isso, passei a usar esse tempo para as mais variadas coisas, desde jogar meus joguinhos no celular a fazer planejamento de atividades do estágio. O que era ótimo por sinal, antes eu dormia mais tarde porque ficava trabalhando nas propostas do dia seguinte, então resolvi dormir um pouco mais cedo e terminar os planejamentos no caminho. A tecnologia avançou muito e hoje é possível fazer quase tudo pelo celular, mas precisamos tomar cuidado para não cair numa armadilha e achar que devemos estar produzindo o tempo todo. O que me faz pensar numa outra coisa.

5. Ficar sem fazer nada. GENTESÉRIONAMORAL É L I B E R T A D O R. Ficar sem fazer nada, sem peso, sem culpa, só jogar os pés pra cima e aproveitar. NADA, absolutamente sem planos. Um dos maiores desafios para isso eram as férias, eu não me permitia ficar sem fazer nada, ficava me questionando mentalmente por que que eu não to fazendo alguma coisaaaa? Procurava uns filmes cult para assistir, uns blogs intelectuais. Nossa pra que, né? Eram as minhas férias, mas eu não conseguia. Ficava mal mesmo, acabava o dia e parecia que tudo que eu tinha feito era levantar da cama e ir para o sofá. E quando estava doente, então? Rolava até uma culpa. Por vezes eu ficava até pior porque não conseguia respeitar o tempo que meu corpo precisava e continuava fazendo as coisas que minha rotina exigia de mim. Hoje eu entendo o quanto isso é bom e importante, consigo aproveitar tão melhor, me faz bem, entendi que meu corpo precisa de um tempo às vezes e tá tudo bem. Não espere ficar doente pra isso!

6. Aproveite o tempo de aula! Se você conseguir aproveitar bem, sugar o conteúdo que o professor tá te ensinando em aula, fica MUITO EASY caminhar com as outras dicas. Você vai precisar de menos tempo para repor os assuntos que você perdeu respondendo aquele gif engraçado que recebeu no whatsapp, dando moral pros contatinhos, né safadis. Eu tentava focar o máximo possível da minha atenção nas aula, tentava ao máximo tirar dúvidas, exigia muito de mim durante aquele período. Isso me deixava mais confiante na hora de estudar, porque me dava uma ideia do quanto eu tava manjando mesmo malandrona e o quanto eu ainda não tinha pegado da matéria e, dependendo da matéria eu falava: tá tudo bem, acho que estudei o suficiente. E era isso.

Eu descobri meu jeito de estudar, procurei olhar mais pro meu corpo e entender o que ele estava precisando, passei a respeitar meus limites, priorizei meu sono à minha nota, escolhi fazer o futsal com as amigas do que a monitoria com o professor esnobe e eu sobrevivi, melhor, eu VIVI (intensamente, como uma boa Contrera, hahahah) os melhores cinco anos que a universidade pode me proporcionar, não saí graduada com honrarias, com as melhores notas, com a fama de melhor aluna, mas eu não me importo nem um pouco. Respiro tranquila e escrevo plena esse texto. Aproveitem com saúde a experiência única que a universidade pode proporcionar, respeitem seus limites e os dos colegas e mais uma vez, quando for preciso não hesitem, procurem um profissional da saúde.

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