Troca de gestão das atléticas

Falar de troca de gestão, em qualquer âmbito, geralmente é falar de um período de tensão institucional, raras são as instituições que por vezes fogem desse padrão.

Atendo-se às atléticas, a busca por uma nova administração -ou pela manutenção da atual- perpassa pela análise da atuação da diretoria nos eventos, do desempenho da associação nos jogos, além de englobar uma cadeia de inúmeros outros fatores internos, externos, pessoais, e interpessoais, os quais avaliam a viabilidade de manter pessoa “x” em cargo “y”, ou testar pessoa “a” em cargo “b”. 

Estamos tratando de uma instituição universitária, cuja atuação dos seus integrantes é linear, e não cíclica; a única certeza é que ninguém é eterno dentro das atléticas, todos que entram, em determinado momento vão precisar sair. Esta saída pode ser motivada por um estágio, um trabalho, pelo término da graduação, ou pelo simples fato de que às vezes é hora de se retirar e dar espaço para novas mentes encabeçarem os projetos.

E as perguntas que sempre surgem: “quem pega a presidência ?”, “quem fica ?”, “quem entra ?”, “quem sai ?”.

Pois é… ninguém sabe por hora.

Geralmente essa é a resposta. Uma resposta insatisfatória, vaga, porém muito verdadeira. Pois como citado anteriormente, há uma série de fatores a serem analisados, com uma série de pessoas, que possuem uma série de planos que por casualidade do destino, podem não mais coincidir com a atlética. 

A instabilidade é inerente durante uma transição administrativa (afinal, são mudanças iminentes, e toda mudança gera desconforto), todavia, há maneiras de atenuá-la, e no mundo de atléticas, é possível elencar três estratégias.

 

  1. Equilíbrio.

A troca de gestão precisa ser prática e pensada a longo prazo. É necessário haver equilíbrio entre diretores jovens e mais velhos

Não é viável colocar muitos novatos pois se tornaria uma gestão inexperiente, assim como o oposto, enchê-la de veteranos, também seria tiro no pé, visto que não haveria preparação de pessoas novas, e assim se cria uma “dependência” dos experientes, que mais cedo ou mais tarde, irão sair.

É importante ponderar entre manutenção e renovação ao montar a atual diretoria, com intuito de garantir o “savoir-faire” (que é basicamente um conhecimento processual) da gestão prestes a entrar em vigência, assim como evitar um quadro de inexperiência ao trocar a gestão subsequente.

 

  1. Aproximação de pessoas-chave

É interessante quando há aproximação e “treinamento” de colaboradores que demonstram aptidão e potencial para que futuramente assumam uma diretoria. Ajuda a atenuar as inseguranças da transição, visto que a atlética estará munida de pessoas instruídas e cientes das responsabilidades e afazeres. 

 

  1. Cumplicidade

Quando ocorre a passagem do bastão entre os atletas na prova de revezamento do atletismo, o atleta anterior acompanha o próximo por mais alguns metros, isso é feito para que a passagem deste material tão importante (que se cair no chão elimina a equipe inteira da prova), seja feita da forma mais segura possível.

A troca de uma gestão tem que ser feita com igual destreza: gradual, e com cumplicidade. Feita gradativamente, com segurança, e suporte de um integrante para com o outro, principalmente para os antigos e novos diretores de uma mesma função, pois pode ser que uma transição mal feita atrase -ou até comprometa- todos os planos da atlética.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.