Se eu pudesse resumir em duas palavras o que significa minha Atlética na minha vida sem dúvidas seriam: amor e dedicação.
Quem me conhece sabe o quanto a XVIII é presente no meu dia a dia, e que normalmente tenho uma grande dificuldade para conversar sobre outro assunto que não seja interligado a Atlética (risos), e o que consegue me tornar normal nisso tudo é respondido pelo que já vivi e pelos que já conheci nesses anos todos de contato com as AAA’s: gente que sacrificou provas e semestres para realizar jogos, gente que tira do bolso para investir no sonho de um título, que eterniza na pele o amor.
Não é segredo que todo o trabalho e planejamento de uma Atlética gira em torno dos Jogos Universitários, o que acaba criando a necessidade da organização de outros “N” eventos e métodos para multiplicar o dinheiro. Mas o que não é escancarado são os bastidores de tudo isso. Quando que você se depara com atleta entrando em quadra chorando de dor, passa aqueles quatro dias de jogos mais esperados sem dormir, sem comer direito, sacrifica as festas para planejar logística, vai treinar e ainda paga quadra, tem a caixa de e-mail lotada de orçamento e no guarda roupas a única moda predominante é roupa de atlética. Isso tudo pra quê, por quê?
Lembra quando falei de amor? Então: “O amor por uma atlética, além de te resignar de muita coisa, faz você se dedicar de coração, corpo e alma a algo que não te dá retorno financeiro, mas tem um retorno que NENHUM preço pode pagar: ver aquele monte de gente vestindo nossas cores, e principalmente, mostrando que todo o trabalho e dedicação valeram a pena!”, explica Newmar, eterno “Newmâe” da Gorilada.
Todo o trabalho, dedicação, suor, lágrimas, toda a admiração é por amor. É como os nossos times de futebol, onde desde criancinha alguém nos incentivou a torcer, a brigar por eles, a vestir. Mas dessa vez, além disso tudo a gente pode construir, pode fazer. E é esse o “tesão” (não existe outra definição) de ser parte de uma Atlética: realizar, administrar, planejar, carregar a galera. É um ciclo de “trabalho por amor, amo cada vez mais por que trabalho”, e essa sensação meus caros, realmente não tem preço, por consequência, nos resulta, a longo prazo, experiências profissionais mais concretas que podemos passar na universidade, afinal as Atléticas funcionam exatamente como uma empresa e são a melhor prática para o trabalho em equipe que conheci desde que ingressei na vida acadêmica.
E mesmo depois de todas essas justificativas aí, muita gente me pergunta se vale mesmo a pena, ou simplesmente já define essa rotina de Atlética uma loucura. Confesso, loucura mesmo, insanidade, exagero, mas até hoje nunca vi um apaixonado largar o osso por completo, afinal, quando eu digo que isso é parte da gente é porque nossa trajetória se eterniza na melhor lembrança que carregamos da universidade, onde já vi loucos que eternizaram literalmente como o Mauricio, ex presidente da XV de Outubro, que leva consigo o escudo dos Carniceiros: “Eu vou carregar meu título de engenheiro pro resto da vida e vai ser impossível não carregar a história que construí dentro da atlética, junto nas memórias e na pele”. Ou o Barreto, propriedade histórica do Rino já (disse que tá saindo, mas isso é o que ele sempre diz), que define da melhor forma o sentimento que carregamos e queremos carregar pra sempre: “Saindo da faculdade e tentando me desligar aos poucos eu sei que aonde eu estiver e o tempo passar, sempre estarei torcendo pela III de Março e sempre ‘levando o RINO no meu peito apaixonado’”. (quem lê até pensa que é fofo)!
Mais paixão do que trabalho não acham? Pois é, também acho, também vivo. E confirmo que sim, carregamos pra histórias o que de melhor temos nas memórias desse amor que bate o peito de orgulho e honra!
Convencidos de que esse é um amor para sempre? Só para deixar como um caminho sem volta, mesmo depois dessa declaração toda, confere mais 7 Motivos para fazer parte da Atlética, que meu parça Bibico já contou aqui pra gente, e caia nessa paixão pra vida toda. Eu GARANTO que você não vai se arrepender!
Não pode ter sido o Barreto autor dessa frase sentimental
Acredite, foi.