Tá difícil escolher o curso de graduação? Dicas de como sair dessa pressão!

Todo mundo lembra como foi quando precisou decidir que curso faria na universidade, que profissão seguir, que ciência estudar… existem inúmeras maneiras de abordar esse tema, cada escola e cada família lida com ele de maneira diferente, no meu caso, por exemplo, não foi uma escolha tão consciente, nem meu colégio nem meus pais me questionavam muito sobre o assunto, ninguém me influenciou ou me pressionou e eu decidi super em cima da hora, pra ser mais especifica, escolhi na lista de cursos da inscrição para fuvest.

Como existem mil maneiras de se chegar a essa decisão, o Integrae decidiu jogar esse assunto na roda: a tal escolha do curso e a pressão que ela carrega.

O primeiro ponto que eu queria levantar pra essa discussão é, século XXI mores, a gente já superou que o para sempre sempre acaba, e talvez esse seja o maior peso e o maior equívoco que colocamos sobre essa escolha, de que ela é PRA SEMRE. Não, não é, tá tudo bem se você começar e resolver mudar, tá tudo bem se formar e decidir fazer outra faculdade, tá tudo bem se formar e ir trabalhar com outra coisa, tá te fazendo feliz? Então tá tudo bem com as mudanças. Quer um EXEMPLÃO disso? Meu irmão, aquele fedido. Tava todo decidido aos 17 anos (D E Z E S S E T E) “vou fazer engenharia da pesca no Paraná” e foi, passou gloriosamente em 3 lugar (nerd todo mundo sabe). Legal, lá foi ele, longe pra cachorro de casa, alegre e contente, venceu os 5 anos da faculdade e se formou. Família feilz! UHUL. Tempo depois, PRIMEIRO LUGAR NO MESTRADO, parecia que tinha nascido pra isso, mãe professora de matemática, filho engenheiro indo pro mestrado, nossa senhora, maravilha, né? Só que não, era o momento do menino nerd (e fedido) admitir que nem o primeiro lugar no mestrado, nem a ilha mágica de Florianópolis estavam fazendo ele feliz. Ai sim que vem a maravilha, meu senhor, segura esse plot twist, ELE LARGOU TUDO E FOI EMBORA trabalhar com eventos, formaturas, jogos universitários, UM ENGENHEIRO DE PESCA. uhum! Lindo, ele agora é um menino alegre e contente, a família continua orgulhosa e feliz! Viu, tudo bem com as mudanças. Escolheu, não curtiu? Muda. ?

Essa história me leva a outro ponto interessante, a idade, 17, 18, 19 anos, quando a gente tá pronto pra escolher? É uma questão muito pessoal que a gente generaliza de uma maneira quase brutal, não damos tempo, espaço ou interesse adequado pra realizar essa escolha com o mínimo de desejo e consciência.

É um sistema educacional cheio de falhas, é triste só de pensar que tem pessoas que nem chegam a ter a chance de escolher fazer determinada universidade ou curso. Depois tem as que querem, mas não estudaram numa escola que dê bons recursos. Ai tem uma parcela que escolhe, tem recurso, faz o vestibular e podem não chegar lá, porque não tem vaga pra tudo. Realmente não é só uma questão de escolha, mas pra quem tem esse privilégio não é simples chegar a essa decisão. Por isso precisamos mudar a forma como enxergamos essa escolha. É preciso entender ela como algo menos definitivo, é preciso investir mais e debates e conversas, é preciso o apoio de profissionais qualificados para conduzir esses debates.

Outra coisa que eu acho interessante sobre isso é a divisão de áreas, “eu gosto de matemática, então eu sou de exatas“, “eu sou bom em história, horrível em física, eu sou de humanas“, mas oi? Turo bom? Eu sou psicóloga e não tenho vergonha de dizer, não gosto de ler e olha, fui obrigada a ler muito durante e depois da faculdade, isso nunca me fez pensar em trocar de curso, fora que a maior carga horária do meu curso na universidade onde eu realizei, é de biológicas, o que não faz da psicologia um curso tão de humanas assim. Claro que existem áreas de mais afinidade, mas a gente não precisa se limitar nas três caixinhas das humanas, exatas e biológicas. Sair da zona de conforto às vezes pode ser surpreendente bom.

É preciso levar em consideração que nem todo mundo vai amar de paixão 100% do curso ou 100% da profissão e tá tudo bem com isso. Uma amiga me disse uma vez, isso é igual colocar a música preferida no despertador, você pode passar a odiar. Não existe uma regra, pode ser que amor e trabalho de super certo, talvez você descubra que não é tão legal, quem sabe? Entre amar muito uma coisa e ter repulsa a outras, existe um infinito de outras coisas, se permita descobrir.

Se você está pensando em fazer faculdade e está na dúvida, procure alguém que já fez esse curso, que já morou na cidade onde fica a faculdade. Vasculhe as matérias que vão ser oferecidas durante o curso. As formas de avaliação. O que as pessoas que se formaram lá estão fazendo. Se possível, realize uma orientação vocacional/profissional. Se questione, eu vou gostar? É isso que eu quero? Eu estou disposto a descobrir e a mudar de ideia? Converse com as pessoas que você gosta sobre o que você tá pensando. Converse com pessoas que também estão escolhendo. Não existe uma maneira certa de fazer isso, respeite seu tempo e seus interesses, vai dar tudo certo!

E você como escolheu seu curso? Tem uma história legal sobre isso que pode ajudar outras pessoas? Escreve pra gente!

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