Respeito às diferenças: como o meio de Atléticas e Jogos mudaram!

Interessante entender como as mudanças sociais realmente afetam o mundo inteiro, né? Hoje eu vim aqui pra falar de crescimento, de evolução. Pra isso, quero pedir pra vocês voltarem uns 10 anos na memória e se perguntarem: “o quê eu achava de uma Atlética?”.

Respondendo por mim, eu simplesmente tinha pavor. Sentia medo mesmo! Eu falava que nunca ia fazer parte de nada que tivesse o comportamento conservador, machista, ou opressor como as Atléticas tinham. E olha só onde eu tô agora! Na presidência geral de uma Atlética que representa 3 campi – de uma Universidade Estadual que tem respeito e admiração de muita gente – respirando Atlética, vivendo jogos e escrevendo sobre isso pra vocês.

Como aconteceu isso?? Não só a sociedade mudou sua consciência e construiu uma sensibilidade maior para o lado humano das relações, como as Atléticas também. E eu não tô falando só da parte “machista” da história!! Eu tô falando é de tudo. De como as depredações de patrimônio público nos nossos jogos diminuíram, o respeito aumentou, as músicas ofensivas foram censuradas (um bom exemplo disso, inclusive, é que todo e qualquer vídeo ou matéria que denigre a imagem de Jogos e de Atléticas, traz versos e abordagens ANTIGAS de músicas que em sua maioria não são mais cantadas, com letras horríveis), de como a preocupação com causas sociais que eram inexistentes hoje são o pilar de uma boa e organizada Atlética.

A consciência e respeito às diferenças estão sendo estimulados e melhorados no Brasil inteiro. Mesmo assim, é inegável que ainda exista, principalmente nos grandes centros, comportamentos e atitudes repugnantes.

Além da prática esportiva, o incentivo à integração que uma Atlética exerce é visível para os frequentadores assíduos de jogos. Ainda, pra quem participa das decisões da Liga, e pra quem faz parte das Comissões Organizadoras, as maiores preocupações são sempre as mais avançadas possíveis: o correto descarte do lixo, penalizações para quem demonstra posturas preconceituosas ou abusivas, fiscalização das delegações para que não ocorra nenhum tipo de prejuízo na cidade que sedia os Jogos, extrema obediência às restrições que a Secretaria daquela cidade impõe. Tão percebendo a evolução?

Atléticas eram expulsas de ligas de Jogos por destruição de alojamentos, ginásios, shoppings, galerias, restaurantes. Já assisti a episódios de delegações que colocavam fogo em cortinas por diversão!! Hoje isso é impensável. O cuidado que uma Liga tem com a cidade que está recebendo os Jogos é impecável. E o maior contraste disso é que em conversas com antigos ritmistas e diretores de Atléticas, menções como “Isso era normal. Depois dos jogos nenhuma cidade queria receber a gente de volta” acabam sendo recorrentes em todas as falas.

Inclusive, eu acredito firmemente que tanto o EP, quanto o JJ são Jogos vanguarda, que tem uma sensibilidade um pouco maior e acabam encabeçando um movimento de alavancar mudanças de paradigma.

Um esforço lindo e digno de reconhecimento é o Jogos Sem Assédio, iniciativa de um coletivo de meninas do Paraná, com foco nos Jogos Jurídicos Paranaense, que vem ganhando espaço e respeito.

Mas claro que tem muito ainda pra crescermos! O tão repercutido episódio de uma delegação jogar banana em atletas negros nos Jogos Jurídicos em Petrópolis é um fortíssimo exemplo disso.

O quê eu quero dizer é que por mais que ainda existam cenas tristes de momentos preconceituosos, abusivos, opressores ou conservadores, o nosso tão amado meio de Jogos e Atléticas está SIM em um gigante desenvolvimento. E que movimento lindo que é, quando é pra frente!!!

One thought on “Respeito às diferenças: como o meio de Atléticas e Jogos mudaram!

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