Resenha Universitária com Bruno Almeida

14Saalve moçada, nós seguimos aqui com nossa pequena série de entrevistas com atletas de diversas modalidades para contar como é ou foi sua relação Universidade X Esportes para nós tentarmos entender um pouco mais as particularidades dessas duas coisas que tanto amamos.

Hoje nosso papo foi com o Bruno Almeida, atleta de Tênis de Mesa de 31 anos que hoje representa Itapeva nas competições. Bruno compete desde 2006 e participou de diversas disputas regionais e estaduais representando cidades como Itapetininga/SP, Campo Bonito/SP e Piraju/SP.

Bruno é acadêmico do curso de Educação Física, bacharelado e licenciatura, e hoje vai contar algumas coisas para a gente, segue o papo aí:

VIDA DE ATLÉTA

O que o esporte significa para você?

Resposta: “Estilo de vida, pois o esporte transforma o atleta em um cidadão melhor!”

E quando percebeu que podia alcançar um nível profissional?

Resposta: “Em 2014 tive grandes conquistas, podendo jogar contra grandes atletas em vários torneios e ligas até os dias atuais!”

Como é/era a sua rotina de treinos e cuidados com a saúde?

Resposta: “Quando era mais novo eu sempre procurei grandes referências para obter treino com qualidade, treinava em média de 4 a 8 horas por dia de 5 a 6 dias na semana, e dividia meu tempo para incentivar uma futura geração na modalidade!”

Qual é a melhor parte de ser um atleta de rendimento?

Resposta: “Deixo bem claro sou atleta amador, pratico por amor a modalidade, mais a melhor parte sem dúvida nenhuma é o reconhecimento e saber que sempre podemos nos superar.”

Você já participou de várias competições importantes. Qual é seu truque para “acalmar os nervos” antes de competir? Tem algum ritual?

Resposta: “Bom para acalmar os nervos vem da vivência de várias competições, mas uma coisa que sempre gostei mais de obter um foco maior é escutar música antes de entrar em jogo!”

Quem são seus ídolos (dentro ou fora do esporte)? Por quê?

Resposta: “Não tem como falar do Tênis de Mesa sem falar do Hugo Hoyama até hoje é um dos meus maiores ídolos!”

Como você torna a prática divertida para seus colegas de equipe?

Resposta: “Sabendo dividir o manto de treinamento específico e recreativo, pois no esporte viramos família.”

Como você se recupera após uma perda?

Resposta: “A princípio é aceitar que o oponente está mais preparado que eu ou minha equipe, e depois analisar o que podemos melhorar para obter o resultado esperado.”

Como o esporte faz de você uma pessoa melhor?

Resposta: “Socialmente o esporte faz que tenhamos mais disciplina e nos colocar no lugar do outro isso faz pensar antes de agir.”

Como você planejava atingir seus objetivos como atleta?

Resposta: “Sempre buscando conhecimento para ter um melhor desempenho nos treinamentos de forma inteligente e saudável.“

Existe algo sobre a vida esportiva em que você odeia?

Resposta: “Corrupção infelizmente existe em todo esporte.“

Você acha que a timidez pode ser um fator de barreira no desenvolvimento de atletas? Por que?

Resposta: “Não, pelo contrário, o esporte pode romper essa barreira se souber como trabalhar e incentivar os atletas!“

RELAÇÃO COM UNIVERSIDADE

Como você acha que deveria ser a relação Universidade com a formação final do atleta?

Resposta: “Sabemos que os vínculos com as Universidades são para a divulgação e marketing das instituições, a minha realidade só me chama para jogar para eles para obter resultados! Mais seria interessante que ao final da formação do atleta, poderia dar espaço para divulgar o trabalho assim aumentando o seu valor.“

Quais foram e/ou quais são suas maiores dificuldades para se manter treinando?

Resposta: “Falta de incentivos e recursos como local especifica apoio com transporte e inscrições.”

Hoje a relação Universidade/Esporte é muito por causa das bolsas oferecidas, como forma de pagamento aos atletas que não chegam ao destaque logo de cara? Isso é benéfico para esporte e sociedade?

Resposta: “No meu caso a minha relação com as Universidade não é bolsa, mas em troca eu tento o máximo de resultados e eles pagam meus gastos ou fornece transporte! Mas respondendo a pergunta isso traz benefícios sociais aos atletas, independe o resultado mostra o seu valor, sempre em busca a melhorar!”

Quem não é atleta de rendimento, hoje consegue se manter minimamente em atividade na universidade através das atléticas, que apesar de ter nome envolvido com festas também, tem foco em levar esporte para mais universitários. Você vê alguma forma de quem viveu do esporte agregar nisso mesmo sem ser competindo?

Resposta: “Sim, a vivência dos atletas a partir de atléticas abre um caminho de conhecer atletas de alto nível e assim compartilhando o seu conhecimento, sobre as festas cada um tem um objeto quando participa se o atleta e focado na competição isso não vai comprometer ele a nada pois o foco de ele e específico agora se o foco dele é só aproveitar as festas não terá resultados aí ele compromete ele e a equipe! ”

Nos esportes americanos, temos competições universitárias como principais reveladores de talentos para os clubes de elite. Essa relação não temos, pois praticamente não temos esporte na universidade a não ser em parcerias com clubes ou prefeituras. Você acha que isso não ocorre por falta de interesse, de incentivo governamental, de incentivo de verba privada com patrocínios, por exemplo? E porque disso.

Resposta: “Pela minha vivência acredito que é por falta de incentivo! São 2 fatores: Primeiro, é claro, para formar um atleta leva tempo e dinheiro investido, e tem o risco de o atleta desistir! Segundo, tem vários atletas particulares que clubes ou centro de treinamento onde gera muito contrato para outros municípios e cidades, isso afeta diretamente na formação de novos talentos!”

Manter o alto nível de rendimento nos esportes e boas notas na escola ou faculdade foi uma dificuldade?

Resposta: “Não é difícil mais precisa se organizar.“

O que o esporte agregou em você para ser um aluno melhor? O que estudar agregou para ser um atleta melhor?

Resposta: “Quem se destaca em qualquer modalidade já tem uma vaga garantida, mas para isso você precisa ser exemplo! Conhecimento nunca é demais, ainda mais em área específica da modalidade.“

De efeito imediato, você acha que podem se fechar oportunidades nas universidades através do esporte por causa da pandemia? É possível considerar essa relação?

Resposta: “Fechar não, mas talvez diminuir as oportunidades.“

Você vê perspectiva de melhora no esporte brasileiro de forma geral?

Resposta: “Torço para isso, mas para melhorar tem que mudar muita coisa, principalmente nas organizações e taxas absurdas!”

O investimento que falta é em quantidade ou em qualidade? Já que em diversos esportes costuma aparecer algum atleta de destaque internacional, mas tirando esportes coletivos a maioria não consegue se manter ou deixar um legado de gerações futuras?

Resposta: “O que realmente falta é a valorização do atleta, hoje em dia atletas de modalidades individual tira do próprio bolso para se manter ou para incentivar gerações futuras!“

O JUBs, jogos Universitários Brasileiros, hoje é uma grande competição que abrange praticamente todas modalidades. Esse tipo de competição costuma ter bom resultado, porém é uma competição de tiro curto, geralmente disputada em uma semana. Qual seria o ganho na sua opinião se fosse competição com diversas etapas e com prazo maior durante ano?

Resposta: “Ganho seria preparação a longo prazo para melhorar os resultados!“

E ai galera, esse foi o Bruno do Tênis de Mesa, gostaram das experiência e opiniões dele? Seguiremos aqui tentando trazer melhor conteúdo, fiquem bem e até a próxima.

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