Quati: a resistência nasce aqui!

Esse texto é pra você que acha que se uma vez não deu certo, nunca dará.

A Associação Atlética de Engenharias e Arquitetura da UDC, de Foz do Iguaçu, é uma AA nascida em 2011 e desativada em 2013. Em 2014, por diversos problemas – desde organização até financeiro – a Atlética fechou. Durante todos esses 3 anos, o Quati participou das edições do JOIA Oeste!

Em 2015, alguns estudantes resolveram reviver essa história e reativar a Atlética. Com um campeonato de futsal pra galera conhecer um pouquinho daquele mundo, o Quati se lançou pra fronteira. É claro que no começo é tudo muito difícil, a nova formação era muito inexperiente, e com isso vem um pouco de desorganização.

Depois desse evento, o pessoal foi se desanimando, um pouco por falta de adesão, um pouco pela bagunça que rolou na organização interna. Mesmo assim, em 2016, alguns diretores acabaram indo para os JogosJurídicos Paranaense com a Preguiça,e voltando de lá, os comentários foram a mil sobre a necessidade de ter uma Atlética na UDC.

Dessa vez, com uma nova formação, em mais uma tentativa de fazer crescer, a galera arregaçou as mangas e deu a cara a tapa. Em 2016 surgiram os primeiros produtos, a primeira festa, e a primeira participação dessa nova gestão em um jogos: o JOIA Fronteira. Conquistando o 6º lugar, escutando muitas brincadeiras, esses guerreiros se organizaram mais uma vez, rearranjaram a diretoria, e AGORA VAI!

Começando 2017 de cara e roupa nova, a Quatizada tinha um objetivo: entrar para o Engenharíadas Paranaense. A seletiva para o EP contava com várias atléticas! 4 seriam selecionadas para disputar o pré EP, as outras iriam embora pra casa. Infelizmente, o Quatizão foi para casa.

Cientes de que ainda não era o momento deles, organizaram sua delegação pra ir com o Rino, conhecer o tal do EP. Levaram 100 pessoas e fizeram produtos específicos, pra galera deles aparecer mesmo, e todo mundo notar que tinha AA nova por aí.

Voltando de lá, todas as forças eram para encarar o JOIA Fronteira e melhorar aquele 6º lugar. Todo foco e organização do mundo, até que o JOIA Oeste abriu Novas Inscrições. Foi aí que, de novo, com a cabeça erguida, mostraram para que vieram. Foi uma apresentação perfeita! O material era impecável, a estrutura, o potencial. ENTRARAM!

E agora? Como contrata ônibus? O que tem que incluir um pacote? Como vamos pagar essa inscrição? Dúvidas e mais dúvidas dentro da nova diretoria sobre como participar de um JOGOS fora de casa.

O mais legal da galera do Quati, é que eles escutam! Melhorar nunca vai ser demais pra eles. Depois de uma experiência com o Rino e a Preguiça em Jogos, eles presenciaram dois extremos de organização interna! Com isso, aproveitaram o melhor de duas Atléticas consolidadas e foram pra guerra: “a gente viu que tava dando certo quando reservamos 2 busões pro JOIA, com medo de não fechar, e no final levamos4 cheios, e mais 40 pessoas por fora de carro”, conta o diretor de esportes Ali Halewi.

Apesar de ser uma Faculdade gigante, a relação é muito boa entre todo mundo, diretoria, delegação e atletas, porque são todos amigos!! Me arrepia ver em uma Atlética tão nova a sabedoria e a habilidade para lidar com problemas. Eles entenderam a essência de tudo isso. O que eu mais ouvi dos diretores, é que “tudo que a gente faz, é pensando nos atletas. Se precisarmos mover o mundo por eles, nós vamos mover”.

Pra eles, todo esse panorama era encarado como uma escalada, como se fossem várias escadinhas. A última era o EP, era a sensação do “chegamos lá”, de concretizar algo que a formação de 2011 tanto visava. E foi aí que em 2018, depois de tantos tombos, tantos conselhos e aprendizados, o Quatizão não só entrou para a Liga do Engenharíadas Paranaense, como subiu para a 1ª divisão. De brinde, ainda conquistou 2º lugar no JOIA Fronteira. Que ano hein!

Foto: JOIA Oeste

A união, o trabalho da diretoria, a ideia de família, refletiram no desempenho dos últimos jogos. O Quati cresceu como nunca imaginou. Na opinião deles, o que facilitou bastante foi a delegação! A galera abraça a Atlética, e isso é lindo de ver. Várias frases motivacionais saíram da conversa com eles: “respeito em primeiro lugar. Todo mundo se conhece o suficiente pra saber do que o outro não gosta”, “a gente tem que se confiar e entender que precisamos organizar aqui para levar para lá e assim os outros podem confiar na gente também”.

O mais lindo de tudo, é ver como eles viraram parâmetro! Antigamente, eles se espelhavam em Atléticas grandes, e hoje eles são o modelo! Agora eles têm equipe de Cheers e de Bateria com o maior apoio da atlética. O que eles mais pregam é pra que lutem com honestidade e humildade, como a Atlética fez!

Pra fechar, conversei com o atleta Guilherme Smaniotto, que jogava pela Atlética na primeira formação, e agora na nova! Ele contou que antigamente a época era difícil, porque além da “Atlética” não estar no auge, o JOIA Oeste em si não era grande, a delegação era muito pequena, e deu um prejuízo enorme naquele momento: “nos esportes, a gente era obrigado a jogar campo, salão, eu cheguei a jogar até esportes que não domino, como o tênis de mesa. Cada atleta tinha que participar de uns 4esportes para a Atlética poder jogar o Joia”.

Ainda assim, com toda dificuldade, em 2011 foram campeões do futsal masculino, o que gerou uma motivação para o próximo. E mesmo participando de mais dois JOIA’s (2012 e 2013), a Atlética nunca conseguia reunir uma galera legal.

O interessante de conversar com o Gui, foi que ele jogou o mesmo campeonato, a mesma modalidade, NA MESMA CIDADE, em momentos diferentes. Ele contou que foi surreal entrar no ginásio de Cascavel em 2018 e relembrar aquela final de 2011 com 20 torcedores, e esse ano aquela multidão com mais de 400 pessoas gritando. “Voltamos com tudo, é muito top, ginásio lotado, torcida apoiando, um time por modalidade, todos os esportes. Naquela época faltou alguém pra fazer a conexão. Atlética não era motivo de orgulho, algumas pessoas tinham até vergonha. Hoje não, todo mundo quer participar!”

Foto: time de futsal antigo
Foto: time de futsal atual

É uma sensação que ficará pra sempre na memória e uma trajetória que ficará pra sempre na história!

Quer saber mais sobre o tema? Bora lá:

JOIA Fronteira 2018: o processo de crescimento de uma liga

Atléticas do interior: luta e resistência entre as demais!

Como é a organização esportiva durante os jogos?

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