Precisamos falar sobre saúde mental

Não é frescura, existem explicações biológicas. Não é preguiça, é sofrimento. É um fato, é científico e está acontecendo! 

Crises de depressão, ansiedade, pânico, tem nossa saúde mental em comum e junto a ela o tabu de não se falar sobre isso. Junto com o tabu, um senso comum que desqualifica a pessoa que está passando por isso e deslegitima um sentimento tão devastador chamando-o de frescura, dizendo que só precisa ter um pouco de força de vontade.  Muitas vezes, nesse movimento perigoso acabamos diminuindo o sofrimento alheio. Pessoas dizem: não é depressão não, porque ela fica indo pra balada, ela não tá mal, vi ela no shopping fazendo compras. Aquele lá com depressão??? Magina, tava no bar ontem. Que bom, que bom que uma pessoa que sofre ainda consigue algum tipo de conforto. São prazeres imediatos, não é o que resolve, mas é o que a pessoa consegue fazer naquele momento. É preciso não julgar! 

Ilustração: Amanda Oleander

Atualmente vivemos uma dinâmica que pouco proporciona o conhecimento de nós mesmos, pelo contrário, ela aliena. Assim, sabemos cada vez menos falar sobre nós e menos ainda, sabemos ouvir sobre outro. É quando temos esse contexto alienador e doenças com grau de sofrimento tão alto, que nos deparamos com suicídio. A dor é MUITO FORTE, é tão PESADA que tudo que você quer é PARAR, isso pode significar, desde ir ao shopping fazer compras, ir ao bar ou à balada beber com os amigos, usar drogas e até tirar a própria vida. Falta de diálogos sobre o assunto reforçam essas frases, limitam o conhecimento da população sobe a situação e afastam quem mais precisa de estar perto. É preciso ouvir.

A vida universitária muitas vezes é um gatilho pra isso, mas ela não precisa ser: ela pode ser um espaço de acolhimento, como foi e é pra muitas pessoas. Cada caso é um caso e cada pessoa lida de uma maneira. Não podemos julgar a partir da nossa vivência, porque ela não vai ser igual para a outra pessoa. Saúde mental precisa ser discutida e tratada com a importância devida. É preciso acolher.

Ilustração: Amanda Oleander

Passar por isso não é vergonhoso, não é fraqueza. Julgar é vergonhoso! Procurar ajuda de psicólogos ou de psiquiatras não é assumir um atestado de incapaz ou louco: todos merecemos cuidado especializado. Você merece ser ouvido sem julgamentos, merece ter seu sofrimento acolhido! 

É preciso cuidar! É preciso falar sobre saúde mental! 

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