O Desafio de Baterias do Jogos Jurídicos Paranaense tem uma nova tricampeã

Dois minutos. Silêncio. Dez minutos e trinta e cinco segundos. Novo silêncio. Comemoração. Era a conquista do tricampeonato.

Quem acompanhou a apresentação da Bateria Os Federais na edição do Jogos Jurídicos Paranaense de 2018, certamente percebeu toda sua aplicação e dedicação. Desde os dois minutos iniciais do Desafio de Baterias do JJPR, a torcida já sentia o arrepio nos braços, o frio na barriga e o coração acelerar. E talvez esses sentimentos não tenham sido somente experienciados pela delegação da Associação Atlética Acadêmica de Direito da Universidade Federal do Paraná, mais conhecida como Véia. Pode ser impressão minha, mas os membros de outras baterias universitárias pareciam olhar o nono grupo a se apresentar de um jeito diferente, curioso. Ninguém dançava ou conversava na quadra do ginásio Mário Oncken. De pé, observava-se com extrema atenção a apresentação da bicampeã que já vinha inovando há algum tempo.

Jogos Jurídicos Paranaense 2018

Mas, novamente, a Bateria Os Federais, no ano em que comemora seus 18 anos de fundação, surpreendeu e se sagrou tricampeã. Trazendo novos arranjos, viradas mais complexas e uma coreografia surpreendente, a bateria atingiu incríveis 119,4 pontos!

Para quem acompanha a Bateria Os Federais, há algum tempo é nítida sua evolução. Desde o 6º Desafio de Baterias do JJPR parece que a tricampeã também triplicou sua sincronia e a complexidade em suas produções, o que levou ao espontâneo uníssono de “tricampeã” finda sua apresentação. E o resultado não veio à toa. De acordo com Maria Sinhori, uma das integrantes da tricampeã, os treinos foram intensos em época de competição – geralmente ocorriam três vezes por semana, mas próximo a tão esperada data, chegaram a ensaiar diariamente.

De mais a mais, a surpreendente criatividade da apresentação campeã, inspirada, principalmente, por baterias universitárias paulistas, curitibanas e também por escolas de samba, usou diversos gêneros musicais brasileiros para criar viradas, como o rap e o pop, o que demonstra a chocante evolução musical e a dedicação dos integrantes que pesquisaram e ensaiaram muito para fazer uma composição eletrizante e diferenciada. Além disso, a agenda lotada dos Federais, que participam de competições como o Curitibatuque, a Copa Republik de Baterias e a Pré-Seletiva da Balatucada (São Paulo), demonstra que a Bateria simplesmente não para. Entre ensaios e competições, inclusive fora da cidade de Curitiba, Os Federais conseguiram, com exímio, driblar seu maior desafio: a entrada e saída anual de integrantes da sua equipe de ritmistas em um curso com poucos alunos.

Foto: Vinícius Cidral

Por fim, cabe lembrar que as baterias são o coração das universidades e, certamente, a Bateria Os Federais fez com que o sangue dos atletas e torcedores pulsasse forte como nunca no Jogos Jurídicos Paranaense de 2018, sendo incansável nos ensaios de alojamento e, principalmente, nas arquibancadas de Umuarama. A nós resta esperar ansiosos a apresentação da tricampeã no Jogos Jurídicos Paranaense de 2019, que, certamente, trará mais novidades e muito orgulho aos alunos da mais tradicional faculdade de Direito do Paraná.

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