Mês das mulheres: muito mais que uma homenagem

Você sabia que março é o mês da mulher? Muito mais do que uma comemoração, é o marco de uma luta por dignidade, igualdade entre gêneros e por uma sociedade verdadeiramente justa e democrática. 

Mas por que março? Este é um mês de fato significativo para as mulheres ou foi apenas escolhido arbitrariamente no calendário?

Manifestação na Rússia em 1917

O Dia Internacional da Mulher, em 08 de março, vem sendo celebrado desde 1911 devido a vários movimentos em busca de direitos trabalhistas e sufragistas para as mulheres, que ocorreram nos EUA e na Europa, no século XIX. A data foi comemorada e reconhecida oficialmente pelas Nações Unidas só em 1975. Inclusive, este foi o ano declarado integralmente como o Ano Internacional das Mulheres, contra as desigualdades e discriminação em todo o mundo.

Greve de mulheres impulsionada pelo movimento feminista em Washington D.C., em 1970

Em meados dos anos 70, grupos isolados e municípios começaram a celebrar a Semana da História da Mulher. Com a popularidade do movimento, as pessoas começaram a buscar uma atenção mais formal e, em 1980, o presidente dos Estados Unidos, Jimmy Carter, designou oficialmente, de 02 a 08 de março daquele ano, a primeira Semana Nacional da História da Mulher.

A partir dessa data, escolas, universidades e governos locais perceberam que essa data lhes permitiu um olhar não só sobre as conquistas femininas, mas também sobre a igualdade de gênero, dando-lhes a oportunidade de educar as pessoas para que conhecessem a história e a luta das mulheres. 

Maria da Penha, a farmacêutica responsável pela Lei que leva o seu nome.

No Brasil, em 1932, no governo Getúlio Vargas, as mulheres adquiriram o direito ao voto. No dia 07 de agosto de 2006, por sua vez, foi sancionada a Lei nº 111.340, conhecida popularmente como Lei Maria da Penha. O nome é uma homenagem à farmacêutica que sofreu violência do marido durante anos. 

A lei é considerada um marco na história da luta das mulheres brasileiras contra a violência doméstica.

As mulheres ainda vivem inúmeras desigualdades, como salários mais baixos, discriminação, violência e machismo. Mas a luta não para por aí. As mulheres buscam também uma voz ativa, o poder de decidir o que fazer com seu próprio corpo, o direito de ir e vir, dentre outros.

Ao longo dos anos as mulheres vão ocupando ainda mais o seu espaço, mas ainda há muito a ser feito. Que estes sejam dias de reflexão da sociedade sobre o valor, representatividade e a força que as mulheres carregam em si. 

Uma maior mobilização da luta das mulheres é mais do que necessária. Que não nos deixemos abater pelas dificuldades impostas. Nós, mulheres, somos guerreiras, fortes e capazes. Apenas com a luta podemos mudar nossa realidade diante de uma sociedade que muitas vezes não nos enxerga.

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