Como falei no texto “Saiba mais sobre Centro Acadêmico (CA) e Diretório Central dos Estudantes (DCE)” os CA’s são entidades representativas muito importantes para a vida acadêmica, porém muitas pessoas não fazem ideia de como é participar de um Centro Acadêmico. Para saber mais sobre a vida de quem integra o CA, entrevistei algumas pessoas que fazem ou fizeram parte dessa importante entidade acadêmica, para saber qual a experiência delas e quais as informações que poderiam passar para aqueles que se interessam em participar.
Você pode pegar tudo que todos falaram aqui e tirar o que é mais importante pra você!
Gabriel Cruz Assis – DA de Direito da UFV
- Qual seu período de permanência no CA?
Estive ativamente no DA do Direito UFV desde a minha segunda semana no curso (ainda em 2016). No segundo semestre de 2017, fiquei apenas como conselheiro, então não ajudei tanto. Agora (2018) voltei como membro ativo. No total já tenho dois anos e meio de dedicação; como membro ativo, porém, só tenho um ano e meio.
2. Quais as coisas que mais lhe influenciaram a entrar para o CA?
Já tinha ouvido falar, durante o ensino médio, sobre os CA’s, seu caráter político e representativo e isso me chamou muita atenção. Entrei para o DA pensando que iria ajudar na organização de eventos e teria oportunidade de integrar melhor com o restante do curso, algo que me motivou bastante (porém não foi o que aconteceu kk).
3. Qual e como foi sua carreira no CA?
Entrei como membro do núcleo de eventos e do núcleo acadêmico no início de 2016. Na gestão seguinte (2016.2 – 2017.1), estive como segundo tesoureiro e continuei no núcleo de eventos. No fim dessa gestão estive bastante desmotivado e acabei permanecendo apenas como conselheiro a pedido de um dos membros que continuaria na gestão seguinte (2017.2 – 2018.1). Fiquei bastante frustrado com a falta de atuação do DA nesse período (mesmo sabendo que grande parte dessa falta ocorria por falta de pessoas ativas e de recursos), mas descobri ao longo desse ano pessoas dispostas a assumir a gestão e a se dedicar para mudar a situação do movimento estudantil no curso de Direito da UFV. Foi então que surgiu a ideia de formar uma chapa. Fomos eleitos e atualmente estou como presidente na gestão.
4. Quais as melhores coisas que você considera em ser (ou ter sido) do CA?
O desejo de mudança e ver várias pessoas trabalhando para isso acontecer.
5. Quais as maiores dificuldades?
O eterno desafio de ser representativo kk. A pluralidade ideológica dentro do ambiente universitário é imensa. Representar todos os lados é sempre muito difícil (pra não dizer impossível kk).
Larissa Santos – CA Pedro Paulo de Direito da UFOP
1. Qual seu período de permanência no CA?
Vai fazer dois períodos.
2. Quais as coisas que mais lhe influenciaram a entrar para o CA?
De cara, foi o primeiro contato com os membros da gestão em que eles explicaram como funcionava o centro acadêmico. Fiquei interessada e fiz processo seletivo.
3. Qual e como foi sua carreira no CA?
Quando fiz o processo, passei para diretoria de eventos, mas sempre fiz de tudo um pouco. Agora estou me candidatando na nova chapa na diretoria de Defesa Acadêmica.
4. Quais as melhores coisas que você considera em ser (ou ter sido) do CA?
O contato mais próximo com todos os professores e principalmente com os membros do colegiado. Hoje me sinto muito mais parte da universidade e mais a par dos assuntos importantes.
5. Quais as maiores dificuldades?
Gerir um centro acadêmico nunca é fácil, mas às vezes a cobrança por parte dos alunos e professores nos deixa mais tensos.
6. Diga uma frase que te inspira/inspirou ou te representa/representou durante sua jornada no CA.
“O CA é muito importante, não podemos deixá-lo morrer nunca. Não consigo imaginar um curso em que os estudantes não tenham voz”.
Bernardo Bortoluzzi – Vários pela UFRGS
1. Qual seu período de permanência no CA?
2 anos DAProd – Diretório Acadêmico da Engenharia de Produção. 2 anos CEUE – Centro dos Estudantes Universitários de Engenharia. 1 ano DCE – Diretório Central dos Estudantes. Todos da UFRGS.
2. Quais as coisas que mais lhe influenciaram a entrar para o CA?
Acredito que a vontade de fazer algo extra curricular no sentido de aprender mais e conhecer novas pessoas.
3. Qual e como foi sua carreira no CA?
Descobri que estavam em busca de sucessores para assumir o DAProd e como ainda não estava fazendo atividades extracurriculares resolvi entrar. Já assumi como presidente, cargo que fiquei dois anos e que realizei grandes projetos como a semana acadêmica, campeonato de futebol, excursão para o ENEGEP (Encontro Nacional de Engenharia de Produção) e também a regularização do diretório frente à Universidade.
Após isso fui convidado para ser vice-presidente da chapa do CEUE pelo bom trabalho que nós estávamos fazendo no DAProd. No centro fundamos a Atlética de Engenharia da UFRGS, na qual fui presidente, fundamos vários diretórios nas engenharias da UFRGS, revolucionamos o cursinho pré-vestibular gratuito, além de diversos outros trabalhos.
Saindo do CEUE fui convidado para fazer parte de uma chapa para o DCE da UFRGS na qual saímos vitoriosos e também fizemos vários projetos, como a reforma na sede, criação de um espaço cultural de dança e teatro, fundação de atléticas para cursos que não incentivavam a prática desportiva e a inclusão do suco no cardápio do RU.
4. Quais as melhores coisas que você considera em ser (ou ter sido) do CA?
As melhores coisas em ter participado do DA foram o networking que eu tive em ter convivido com colegas de outros semestres e de outros cursos, o aprendizado de estar organizando eventos e principalmente de estar proporcionando para a comunidade acadêmica eventos esportivos, acadêmicos, culturais, festivos, etc.
5. Quais as maiores dificuldades?
As maiores dificuldades são conseguir conciliar a sua função no CA com os estudos e estágio, enfrentar a falta de auxílio da universidade e também lidar com a politicagem partidária de alguns movimentos de alunos.
Lídia Micarelli – CA de Engenharia Química da USP
1. Qual seu período de permanência no CA?
2 anos.
2. Quais as coisas que mais lhe influenciaram a entrar para o CA?
Poder impactar na formação dos alunos do curso, sendo oferecendo métodos extracurriculares ou no desenvolvimento do curso.
3. Qual e como foi sua carreira no CA?
Já fui de administrativo/financeiro e hoje sou diretora de captação de recursos. Nas duas áreas aprendi muito sobre como lidar com as pessoas e os clientes, me desenvolvi tanto pessoalmente como profissionalmente. Tive de lidar com os problemas sobre produtos recebidos dos fornecedores, controle de caixa, etc.
4. Quais as melhores coisas que você considera em ser (ou ter sido) do CA?
O desenvolvimento pessoal.
5. Quais as maiores dificuldades?
Lidar com pessoas, principalmente com características totalmente diferentes das suas e opiniões também.
6. Diga uma frase que te inspira/inspirou ou te representa/representou durante sua jornada no CA.
“Um sonho que se sonha junto vira realidade”.
7. Como deve ser um CA top?
Muito bem integrado, que sabe lidar bem entre si, com uma harmonia muito boa.
Caroline Volpe da Cruz – CA de Farmácia da UFPR
1. Qual seu período de permanência no CA?
Desde o começo do ano (um semestre).
2. Quais as coisas que mais lhe influenciaram a entrar para o CA?
Principalmente a vontade de mudar a visão do CA perante os alunos do curso.
3. Qual e como foi sua carreira no CA?
Sou diretora de assuntos acadêmicos, cuido principalmente da parte dos interesses dos alunos perante a coordenação.
4. Quais as melhores coisas que você considera em ser (ou ter sido) do CA?
Lembrar os alunos que eles podem contar com o CA e poder assumir algumas brigas deles.
5. Quais as maiores dificuldades?
Ter um tempo para se dedicar.
6. Diga uma frase que te inspira/inspirou ou te representa/representou durante sua jornada no CA.
“Vai dar tem que dar kakakakkakakak”.
7. Como deve ser um CA top?
Um CA top deve ser aquele que pensa nos alunos e que supre as necessidades deles.
Ariely Trindade – CA de Ciências Econômicas da UFPR
“Meu nome é Ariely Trindade e atualmente estou no primeiro ano de gestão como Coordenadora Geral do Centro Acadêmico de Ciências Econômicas da UFPR. De maneira geral, o que mais me influenciou a participar foi o objetivo de tentar realizar uma gestão diferente das outras, mais próxima dos estudantes em especial dos cotistas sociais, como é meu caso, já que eu e outros alunos/as não se sentiam representados. Acredito que um dos maiores aprendizados em participar de um CA é sem dúvidas a diversidade de pessoas com a qual você tem de lidar e o senso de responsabilidade e comprometimento que isso gera, afinal compor uma gestão de centro acadêmico é fazer política na base. Para além disso, uma das dificuldades (e que também é um aprendizado constante) é construir em conjunto com a pluralidade do corpo discente.
Acredito que algumas dicas servem não apenas para participar de um CA, mas sim para vida, uma delas é estar seguro e confortável com os/as companheiras de gestão é fundamental, além de estar sempre disposto a ouvir críticas e sugestões visando uma gestão melhor! e claro, ter confiança no trabalho que você está realizando.
Espero que essas respostas ajudem a compreender como são as atividades, quais as dificuldades, quais as responsabilidades, etc. de um CA. E que possam influenciar mais pessoas a se engajarem nos Centros Acadêmicos para atuar positivamente na vida acadêmica“.
Curtiu? Conta pra gente a sua experiência com CA ou se o texto valeu como apoio para você ingressar em um!