Atléticas, CA’S e DCE: uma combinação perfeita para o esporte universitário

Como explicar a paixão de um diretor e de um atleta por sua atlética? Viver aqueles momentos de integração que ficam eternizados, os jogos que trazem emoções únicas e as amizades verdadeiras que levamos pra vida, nesse ambiente único podemos viver as melhores experiências. Mas nem tudo são flores, não é verdade minha gente?

Viver a pressão que está sob quem está à frente do mundo universitário é um dos maiores desafios de quem passa por esse ciclo, a responsabilidade é gigante, o medo de errar se faz sempre presente e a necessidade de assumir riscos e ter resiliência se torna constante. É nesse ambiente que encontramos um dos maiores desafios de muitas Atléticas: a dificuldade de reconhecimento pela própria instituição.

Foto: Recepção dos Calouros Univille ano de 2018, Presidentes de Atléticas, Centros Acadêmicos e DCE Univille em Joinville – SC.

O velho jargão de que Atlética é farra, zueira e falta de responsabilidade é um paradigma a ser quebrado. O que se precisa entender é que na prática, estar na diretoria de uma Atlética representa crescimento e desenvolvimento pessoal, capacidade de trabalhar em grupo, gerir pessoas e lidar com pressão, aptidões que hoje o mercado de trabalho exige e que a sala de aula não ensina, capacidades que nos deixam mais preparados para o mercado e para a vida.

Foto: Finalistas Intercursos promovido pelo DCE Unisul em parceria com Centros Acadêmicos e Atléticas com mais de 1500 atletas em Tubarão – SC.

Quando se fala do velho jargão, precisamos entender que uma atlética encontra amparo legal para existir e nenhuma instituição pode impedir o seu funcionamento. No Brasil, esse amparo está no decreto de lei nº 3.617, de 15 de setembro de 1941, que estabelece as bases de organização dos desportos universitários no Brasil. Tá bom, e na prática? Como podemos fazer para ter o devido reconhecimento que merecemos? Afinal, levamos o nome da nossa instituição para onde vamos, promovemos vínculos entre a comunidade acadêmica que é fundamental para a permanência estudantil e ajuda a própria instituição a combater a evasão escolar e promovemos o esporte e a qualidade de vida de quem participa desse movimento. Esse discurso se torna exaustivo para um presidente de atlética, que precisa em muitos momentos reafirmar a importância desta entidade. Cada instituição tem a sua realidade e é preciso ter um enorme jogo de cintura para conseguir o sonhado reconhecimento.

E é aí que encontramos uma solução para ajudar os diretores de atléticas a quebrar esse paradigma: as entidades de representação estudantil, os Centros Acadêmicos e o Diretório Central dos Estudantes de cada instituição. Essas associações possuem espaço garantido nos órgãos colegiados por onde passam e poderão ser a voz das atléticas perante a reitoria da Universidade, pleiteando o apoio necessário para o crescimento do esporte universitário. Geralmente essas são instituições que não se conversam, mas que juntas podem crescer e fazer a diferença. 

Foto: Projeto DCE Solidário, desenvolvido pelo DCE Univille, CA’S e Atléticas atendeu mais de 600 crianças carentes na Escola Municipal Luis Gomes no mês de outubro de 2018 em Joinville-SC.

Como Presidente do Diretório Central dos Estudantes da Univille, desde que assumimos vimos a necessidade de buscar o devido reconhecimento para o esporte universitário em nossa instituição. Foi um processo de quase dois anos para conseguirmos ver resultados e ainda é necessário crescer muito mais, entretanto, é notório os avanços que conseguimos aqui. Hoje, o olhar da Universidade pelo movimento das Atléticas é dado com respeito. O primeiro passo foi a indicação de um representante da nossa Liga de Atléticas para o Conselho Universitário, onde passam as decisões mais importantes da instituição e lá começamos a mostrar mês a mês o incansável trabalho das atléticas para toda reitoria e também geramos o envolvimento das atléticas nos projetos sociais do DCE e em toda a gestão.

A demonstração do trabalho esportivo, social e humano que desenvolvem as atléticas da Univille resultou na criação de um Programa de Incentivo ao Esporte, o qual com critérios pré-definidos cedeu bolsas de estudo para atletas da Univille, possibilitou a aquisição de kits esportivos e a disponibilização diária do uso de quadras para as Atléticas. Isso tudo sem falar no envolvimento do DCE e das Atléticas na organização dos Jogos Universitários Catarinense – JUCS em 2018, que trouxe para Joinville os jogos em 2019 e irá difundir ainda mais o esporte universitário.

Foto: DCE Uniplac, 1º DCE a realizar os Jogos Universitários Catarinense – JUCS 2018 em Lages-SC.

Acredito que o ciclo universitário é um dos melhores que a vida nos proporciona e precisamos vive-lo com paixão, por nossas atléticas, por nossa universidade, pela cidade que estamos. Essa paixão nos faz querer deixar rastros de crescimento, reconhecimento e vitórias para as futuras gerações de nossas atléticas e a união entre Atléticas, Centros Acadêmicos e DCE´S é fundamental para atingirmos nossos objetivos.

Até a próxima minha gente!

Quer saber mais sobre o tema? Bora lá:

Fazer ou não parte do Centro Acadêmico? Dicas com quem já vivenciou!

Qual a função de uma associação atlética acadêmica?

Saiba mais sobre Centro Acadêmico (CA) e Diretório Central dos Estudantes (DCE)

One thought on “Atléticas, CA’S e DCE: uma combinação perfeita para o esporte universitário

  1. Elton André - Formando em Ciências Sociais pela UFPA, diretor de marketing da atlética Muiraquitã. says:

    Realmente, as atléticas e CA’s precisam se unir mais, acredito que juntas podem fazer um trabalho melhor ainda na vida acadêmica, deixando rastros de união e solidariedade.

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