As surpresas do Economíadas Mineiro 2018

Nos dias 12, 13 e 14 de outubro, na cidade de Sete Lagoas, o Economíadas Mineiro enfim realizava sua terceira edição. Amado por muitos e odiado por muitos outros, o Econo2018 representa mais uma vitória daqueles aqueles que tanto lutaram pela sua existência. Após sua primeira edição, em 2015, alguns tropeços acarretaram o cancelamento da edição de 2016. Quem vive o universo das atléticas e seus jogos, consegue imaginar quão difícil e frustrante é ter que cancelar um evento e ser o porta-voz para seus atletas, dizendo que todo aquele tempo treinando para a competição foi em vão. É moçada, não foi fácil não.

Passado o baque, era a hora de recomeçar. A liga, que contava com pouquíssimas atléticas precisava de uma reestruturação urgente e assim foi feito. Com gestões quase 100% renovadas, as atléticas foram se unindo e aos poucos construindo com muita dificuldade o Econo2017. O desafio de fazer o Economíadas Mineiro acontecer ainda era grande devido ao pouco público e restrições no orçamento e por isso uma parceria com o Jogos da Educação Física foi feita. Dividimos a cidade-sede e sua estrutura. Eram 2 jogos, de ligas diferentes, utilizando os mesmos espaços. Vocês conseguem imaginar a confusão nas reuniões de tabelamento?? O importante é que aconteceu e o Economíadas Mineiro estava mais uma vez vivo.

Foto: Economíadas Mineiro

Saí da gestão da atlética e da liga e passei a acompanhar de longe a organização da edição de 2018, que mesmo com as dificuldades de orçamento de sempre, finalmente voltava a acontecer independente de outro evento. É estranho não participar mais tão ativamente de algo que você viveu por tanto tempo. Voltei a ser o último a saber das informações e segredos hahaha.

Chegando ao evento, vi atléticas que antes não davam muita importância abraçando o jogos nesta edição e se matando em quadra (um abraço aos marinheiros de JF). Vi algumas carinhas novas que ainda estão entendendo o que é o Econo. Presenciei um dos momentos mais marcantes na história dos Vinkings da PUC-MG, que após anos e anos tentando, finalmente souberam aproveitar sua grandeza e levar uma delegação de peso, 3x maior que a do ano passado e a maior, nesta edição. Dividi ônibus com a delegação da FADIP, que este ano levou o dobro, duas pessoas hahahaha (é sério).

Foto: Economíadas Mineiro

E pra deixar este evento ainda mais empolgante, o jogo de abertura do futsal masculino foi protagonizado logo de cara pelas UFV x UFMG, talvez a maior rivalidade de jogos em MG. Vi duas torcidas eufóricas, empurrando os times, em um jogo pegado do início ao fim. Jogo eletrizante, que foi definido pela grande atuação do goleiro da UFMG, que não se abalou pela participação apagada da linha e liderou o time da UFMG para a vitória. Encerrada a parte esportiva do primeiro dia, a disputa pelo geral estava ainda muito equilibrada e para relaxar, open bar, beijos aéreos, apagão, delegações acompanhando o grupo de pagode sem o som, chuva e muita integração,  enfim, tudo que uma festa de atlética tem direito.

No segundo dia, as coisas continuaram pegadas. UFV, UFMG e PUC continuavam brigando pela liderança do geral, mas hora ou outra éramos surpreendidos com as famosas zebras. Face UFMG sendo eliminada no primeiro jogo do tênis de mesa masculino, Monetária UFV caindo na semifinal para os Marinheiros da UFJF no handebol masculino e a disputa continuava acirrada. Era um olho gato e outro no rato, buscando sempre um deslize do adversário pra encontrar uma vantagem.

Foto: Economíadas Mineiro

Ao final do segundo dia tivemos as apresentações das equipes de cheer e baterias da Monetária UFV e FACE UFMG. Ambas as equipes de Cheer deram um show e receberam aplausos das torcidas, parecia que naquela hora ninguém tinha lado. A nostalgia veio forte para quem um dia já foi atleta da equipe. Em seguida, iniciava a apresentação das baterias, começando pela Monetária UFV. No último evento não tínhamos bateria estruturada e por algumas vezes isso foi amargamente jogado na nossa cara e como eu estava acompanhando os preparativos para o evento de longe, a ansiedade pela primeira apresentação era grande. Tão grande quanto a ansiedade foi a execução, que fez arrepiar qualquer ex-diretor, hahaha.

Antes do fim da apresentação da UFV, uma coisa me chamou muita a atenção…Um ritmista quebrou sua baqueta durante o espetáculo e rapidamente uma nova surgiu, porém, vindo da equipe adversária, da UFMG. Naquele segundo eu não senti rivalidade, vi que o que ambas queriam não era só ser a melhor e sim fazer o melhor para o evento.

Foto: Economíadas Mineiro

No terceiro e último dia, a cada jogo era consagrado o campeão. Este ano eu decidi não fazer contas e queria me surpreender com o resultado que fosse. Infelizmente, é impossíiiiiiiivel não especular nem um pouquinho que seja e após vitórias e derrotas, havia um último jogo que poderia influenciar o resultado do geral, o vôlei feminino.

Mesmo com a nítida exaustão após 5 (CINCO) jogos seguidos que só quem tem diversos multi-atletas sabe como é difícil, vimos um jogo de muita raça e vontade, equilibrado do início ao fim, ser decidido no tie break, com a amarga vitória da FACE UFMG que naquele momento se consagrava a campeã geral do evento.

Reprodução: Economíadas Mineiro

Acabada mais uma edição, é hora de voltar pra casa, organizar o quarto pq ano que vem tem mais. O Economiadas Mineiro está cada vez mais vivo e não há mais nada que possa derrubá-lo. Até 2019 moçada!!!

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