Humaníadas 2019 – Os campeões e a saudade que ficou!

Eu apresentei para vocês o Humaníadas, o campeonato das atléticas de Humanas do Estado do Rio de Janeiro e agora vim mostrar para vocês os campeões e um pouco do que rolou lá!

Esse ano ele aconteceu no feriado de Corpus Christi na cidade de Rio Bonito – RJ e o que ele nos deixou, foram muitas saudades, pois essa edição foi muito boa de várias maneiras: a estrutura esportiva de alta qualidade fazendo com que os jogos fossem de alto nível, as arquibancadas lotadas e coloridas com as cores de cada torcida, as tendas fazendo a integração acontecer durante a tarde e as festas para fechar com chave de ouro cada dia. Alguém querendo voltar e reviver tudo isso?

E os campeões, Marcella? Como ficaram?

Se liguem aqui que os Campeões da Série A e B deram alguns relatos contando um pouco da história de suas A.A.s e o sentimento de terem conquistado alguns títulos:

Série A:

Humaníadas 2019 – AARI UFF

CAMPEÃ GERAL: Relações Internacionais UFF:

“A Associação Atlética de Relações Internacionais é muito nova se comparada a outras da UFF, já que foi criada em 2012. Apesar disso, desde os seus primeiros momentos, os estudantes a sua frente já buscavam engajar mais os alunos do curso tanto entre si mesmos quanto com outros cursos. Em 2014, partimos para os nossos primeiros jogos universitários com uma delegação de 15 pessoas. Todos os presentes jogaram todos os esportes e inclusive, foram comprar baldes e colheres para ter algo que fizesse mais barulho na torcida. Aos poucos, a Atlética foi crescendo tanto internamente em RI UFF quanto foi encontrando seus nichos externamente, até que chegamos aqui, em 2019, com uma delegação de 106 pessoas no Humaníadas. Esse ano a AARI foi secretaria geral da Liga Humaníadas e mais uma vez trabalhou muito para o evento acontecer, tanto interna quanto externamente. Treinamos muito durante todo o período e nos esforçamos ao máximo para vender rifas e levar todos os nossos 7 treinadores para disputar os jogos com os times em Rio Bonito. Apesar disso, uma coisa que nos assustava era a divisão de séries que aconteceria pela primeira vez esse ano. Nós nunca jogamos um campeonato dividido entre séries A e B, e o Humaníadas também nunca havia sido assim, então era uma caixinha de surpresas para todos. Fomos de cabeça erguida preparados para dar o nosso máximo não importava o que acontecesse, porém com certo receio do que encontraríamos lá na hora. Felizmente, tudo deu muito certo! Acho que ainda sou incapaz de descrever exatamente o que sinto quando penso que fomos os campeões. Nós já havíamos feito campanhas fortes em alguns outros jogos, terminando no pódio e com bons e satisfatórios resultados, mas sempre ficou aquele gostinho de quero mais. O resultado do Humaníadas 2019 foi apenas um indicativo de que estamos no caminho certo e podemos ir muito além. Tenho certeza de que falo por mim e por todos os membros da nossa Atlética quando digo que saímos de Rio Bonito muito felizes, mas mais ainda, extremamente animados para dar continuidade ao trabalho. ” Conta Isabella Coli, presidente da AARI UFF.

Humaníadas 2019 – Arrows Cheerleading – HOTUR UFF

1º Lugar Cheerleading: Arrows – HOTUR UFF

“O nosso time começou em 2016 com poucos integrantes e se apresentou em quadra pela primeira vez no JUSF 2016. Acho que apesar de no início ter sido um pouco difícil de começar, existia muita vontade de fazer acontecer, de ter um time, afinal nada mais justo que a melhor torcida ter um time de cheer. Em 2017 com a adesão de mais membros e a escolha do nosso nome, entramos em quadra novamente. Ainda não tínhamos treinador, quem realmente começou e que nos treinava era a Luana Freitas, aluna do curso de Hotelaria na época e que possuía experiência no esporte. Mas a nossa primeira competição foi no Humaniadas 2018, já com treinador, com uniforme e com tudo direitinho. Para o Humaníadas 2019, nós treinamos e nos preparamos muito, exaustivamente! Tivemos um try out em abril que separou time de competição e apresentação. E quanto mais perto chegava da competição, mais treinos aconteciam. Tivemos muitos problemas e adversidades, tanto como condições de treino, quanto mudanças no time, mas acabou que no final deu tudo certo. Após o Humaniadas 2018, onde houve uma polêmica e um erro na premiação e o nosso time acabou ficando em segundo lugar, era muito importante pra gente e pro nosso treinador ganhar esse ouro. E foi uma sensação incrível de ter feito todo esse esforço e ter valido a pena, de ter dado orgulho pra quem acredita na gente e de ver realmente o potencial que a gente tem, apesar de tudo que a gente enfrenta pra fazer esse esporte acontecer. ”, conta Luisa Mello, capitã do time do Arrows Cheerleading.

Humaníadas 2019 – DGEI UFRJ

Melhor Torcida: DGEI UFRJ

“Nossa torcida, dessa forma organizada como é agora, não tem muito tempo. Nosso primeiro torneio universitário grande, foi o Humaníadas de 2017. Lá, logo de cara, o que marcou a gente, foi o jogo em que nosso futsal masculino foi eliminado, e o pessoal da Turistada deu uma moral enorme pro nosso goleiro e pro nosso time. A gente sempre teve a Turistada como inspiração, porque além de ganharem sempre o prêmio de melhor torcida, eles eram uma torcida que a maioria da galera gostava. E esse era nosso objetivo, ser uma torcida que além de incentivar ao máximo os nossos times, fosse querida por todo mundo. Que integrasse bastante com a galera. Aí em 2018 já conseguimos levar uma delegação bem maior que no ano anterior e fazer uma festa maneira na bancada, mas ainda sem muita organização. O que eu acho que acrescentou mais na nossa torcida em 2019, foram as meninas que entraram na diretoria comigo, Isadora e Ana Pessanha. Elas entraram com muito gás, muitas ideias, e somaram bastante. A avó da Isadora costurou sozinha nossas bandeirinhas de mão rsrs, a Ana criou algumas músicas… e conseguimos manter uma delegação grande, isso ajudou bastante também. A verdade é que a gente da diretoria só dá um rumo pras coisas, mas a torcida toda ajuda nas ideias, todo mundo compõe músicas novas, todo mundo tem vontade de chegar na bancada e torcer, cantar, etc… A gente ainda não tá acreditando muito rsrs mas na hora que falaram nosso nome, foi emocionante demais. Todo mundo sabia que tinha dado o máximo, e o mais legal, é que a gente não preparou nada, nem torceu por título nenhum de torcida. A gente sempre torceu, sempre gritou pra incentivar nossos times. Os maiores prêmios foram um pódio na primeira competição de Cheerleader, o bi do futsal, o título do fut7 e o vice no tênis de mesa e no basquete. O prêmio de melhor torcida foi só consequência disso, e a gente só se ligou que podia ganhar depois da última final que jogamos. Enfim, foi emocionante demais e a gente vai vir com tudo ano que vem pra brigar pelo bi!Conta Ivens Verçosa, diretor de torcida de DGEI UFRJ.

Posso falar com tranquilidade que a Turistada finalmente ganhou um adversário à altura, que são os Espartanos! Ano que vem é duelo de gigantes na bancada e integração como sempre <3

Humaníadas 2019 – HOTUR UFF

Handebol Masculino: HOTUR UFF

“É importante deixar claro que esse título não é uma parada de agora, tem muita gente envolvida nele, é um projeto de muito tempo, tem muito tempo que estamos brigando por isso, muita gente participou desse time, contribuiu pro nosso crescimento e pra manter o projeto vivo. Chegamos onde chegamos por conta dessa galera, o crédito tem que ser dado, tenho que agradecer a todos. O processo de construção desse time foi complicado, bem lento, lembro que quando entrei em 2012, não tinha time de handball, só tinha time de futebol de campo e futsal, galera não era ligada nas outras modalidades, nosso curso não tinha gente pra isso. Aos poucos foi criando uma cultura, a galera foi se interessando mais pelo esporte. O primeiro jogos que fomos foi o Desafio Universitário, mas ainda sim com um time pra todas as modalidades. Depois do Super 15 começamos a nos empenhar mais, contratando treinador e investindo mais nos treinos, começamos a nos aprimorar mais. Nos campeonatos tivemos vários jogos que foram chaves, mesmo os que perdemos, perdemos nos detalhes, perdemos jogando muito. A gente veio investindo muito na modalidade, a galera tem se dedicado nos treinos, com muita vontade de ganhar, passamos isso pros calouros e conseguimos botar na cabeça da galera e geral chegou junto, aí entra na preparação pro Humaníadas desse ano. Com esse pensamento de que a gente precisava melhorar, a Atlética nos inscreveu em um campeonato de finais de semana e lá tivemos vários jogos bons. Fomos pro Humaníadas sabendo que só dependia da gente, que não podíamos cometer os mesmos erros, estávamos sempre perdendo nos detalhes e eram esses detalhes que não podiam determinar se iríamos ser campeões ou não. Começamos a competição ainda desligados, mas acordamos, corremos atrás. Na final pegamos nosso maior rival, era um jogo que queríamos muito. A conversa antes de entrar em quadra era que precisávamos entrar e jogar com mentalidade de campeão, focados em ganhar, não podíamos perder na vontade pra ninguém. Foi um jogo muito disputado, era lá e cá o tempo todo. No finalzinho do jogo, acho que aquilo foi determinante, nosso time com dois jogadores a menos, faltando três minutos, só 4 caras que estavam na defesa e pensar que o outro time ia virar, mas aí tu olha que o cara que tá do teu lado não abaixou a cabeça, tá ali concentrado e que aquilo alí te dá certeza que não vai passar. E foi o que aconteceu: não passou e fomos campeões. Depois desse tempo todo, no meu caso são 7 anos envolvido com esporte no nosso curso, você tem aquela mescla de galera da antiga com a galera nova, todo mundo ali se abraçando e curtindo aquele título, sabendo tudo aquilo que passamos pra chegar e estar ali, todo mundo chorando… foi emocionante demais. Eu particularmente chorei igual uma criança, foi um título que eu estava esperando há muito tempo, ao longo desses anos me identifiquei muito com o handball, então poder ser campeão e ainda nessa modalidade foi especial demais. Acho que é um legado legal e importante que estamos deixando pro pessoal, os calouros tendo esse gostinho de ser campeão e poder levar isso pra frente e agora é defender o título. Temos em mente que agora temos que manter isso aí. ” Conta Erick Muniz, capitão do time de handball de HOTUR UFF.

            Não vou mentir que ser ex membro da diretoria, estar nessa final e ver meu time ser campeão, junto com a torcida mais linda e absurda que é a Turistada, foi um dos melhores momentos que já vivi. A festa foi emocionante, vi o amor e felicidade estampados na cara de toda torcida e dos atletas. É um orgulho imenso que senti do time de Hand, como o dos outros também.

Humaníadas 2019 – DGEI UFRJ

Futsal Masculino e Fut7: DGEI UFRJ

“Eu criei a equipe do futsal de DGEI no início de 2017 pra que o curso pudesse ter uma visibilidade no cenário esportivo universitário, e como DGEI ainda não tinha nenhuma equipe, foi a chance pro pontapé inicial, sabe? Me reuni com o pessoal de DGEI que sei que jogava: Luciano, Caio, Johnathan, Jacobina e apresentei pra eles a ideia e perguntei se queriam tocar essa junto comigo, os caras abraçaram a ideia e fomos em frente. Infelizmente primeiro semestre do ano de 2017 não foi muito bom porque era um ano de começos e ainda estávamos aprendendo muito. A preparação pra esse Humaníadas, eu confesso que começou meio tardia. Eu tinha em mente uma estratégia de planejamento semelhante à do ano passado e infelizmente não aconteceu. Porque ano passado, antes do Humaníadas, estávamos jogando 2 competições e este ano, no começo dele, demorou um pouco para que a galera viesse a se comprometer e acabamos não jogando nenhuma competição no primeiro semestre, o que me preocupava, pois, nossos adversários se preparavam e pegavam ritmo de jogo através delas. Então, resolvemos que nossa preparação consistiria em treinos com intensidade e amistosos esporadicamente para que pudéssemos colocar em prática aquilo que vinha sendo treinado. A chave virou mesmo após uma derrota em um amistoso, a partir daí a intensidade nos treinos passou a acontecer e vimos que se não nos dedicássemos fielmente à competição, não conseguiríamos nosso objetivo que era o bicampeonato do futsal. Após esta derrota, a dedicação veio e marcamos mais dois amistosos, ganhando ambos e encerrando a preparação rumo à Rio Bonito. A sensação por esse bicampeonato é a de gratidão. Gratidão por poder contar com pessoas incríveis que se dedicam comigo ao longo desse tempo e se entregam o tempo inteiro dentro de quadra, estando jogando ou não. Uma pessoa que eu preciso agradecer por ter embarcado nessa missão da gestão da modalidade é o Lucas Gabriel (Amaral), que é nosso goleiro também, e encarou esses desafios sempre botando a cara em todas as situações comigo e sendo um verdadeiro braço direito. Hoje, em somente 2 anos de time, podemos dizer que caminhamos entre os gigantes do Humaníadas, na modalidade, e não queremos parar por aí…. Estamos sempre buscando escrever a nossa história com os pés, por onde quer que venhamos a competir. O Kratos tá só começando, vem muito mais por aí. O sentimento desse cinza e grená é inexplicável…” conta Pedro Soares, atleta e fundador do time de futsal de DGEI UFRJ.

Série B

Humaníadas 2019 – Turismo UVA

Campeão Geral: Turismo UVA:

Nossa Atlética começou em 2015, mas foi em 2016 que começamos realmente as atividades. Logo no primeiro semestre fomos convidados a participar do Humaníadas, e foi uma experiência absurda, tendo em vista que grande parte da diretoria era calouro. Desde então participamos de todas as edições do Humaníadas, tendo o auge esse ano, com o título geral da série B. Passamos por bastante dificuldade com nossos alunos, onde a maioria nunca comprou a briga junto a Atlética, mas temos uma família que é apaixonada pela Atlética, e que a carrega nas costas. Aprendemos que não precisamos ser os maiores para sermos os melhores. Vivemos o nosso melhor momento, e acreditamos que muitas coisas boas nos esperam. A preparação começou cedo. Desde reunião da diretoria para traçarmos as metas para o ano, até os treinos, amistosos e competições. Semanas antes do Humaníadas, participamos do TAL e saímos de lá campeões, com a melhor torcida, e com parte dos destaques da competição, e foi nesse momento que vimos que estávamos colhendo os frutos dos treinos diários. Muito se deve a dedicação dos atletas, mas a nossa equipe técnica foi grande responsável por essas conquistas. Somos muito gratos aos nossos treinadores, que se tornaram amigos, e isso foi determinante para o nosso sucesso. Não há como explicar o sentimento, e acredito que a ficha ainda não caiu. A muito tempo fomos alvo de chacota e crítica, porque nunca tivemos um rendimento alto nas competições que participávamos. Fomos o último colocado geral nas primeiras duas edições do Humaníadas, e penúltimo colocado em Nova Friburgo, e isso foi bastante frustante para nós na época. Veio a reformulação da Atlética, entrou uma nova diretoria, e com ela o desejo de mudar o rumo da nossa história. Começamos a investir na parte esportiva, marketing, comercial, e isso foi determinante para a conquista do Humaníadas. Com isso, mantemos o foco, e no ano que vem, prometemos ir em busca do TÍTULO GERAL DA SÉRIA A.” Conta Gabriel Hermida, presidente da Atlética Turismo 

Humaníadas 2019 – RI PUC

2° colocado no geral e melhor torcida: RI PUC – LHAMA LOCA

“A nossa preparação começou de fato na nossa reunião de planejamento que fazemos todo início do semestre. Analisamos quais eram os critérios dos anos anteriores e fomos adaptando conforme a Liga ia decidindo alterar as coisas. Tínhamos noção que poderíamos brincar com as nossas cores, pois são bem chamativas e aí veio a ideia de como os produtos poderiam nos complementar, até uma blusa da delegação amarela (que nunca tinha rolado antes) pra justamente contrapor todo o vinho que existe em todos os produtos antigos. Treinos da bateria rolando toda semana, puxando calouros pra entrar foi essencial. Passamos a semana anterior do campeonato fritados na produção de grandes faixas pra nos diferenciar. E por último mas não menos importante foi o grande alinhamento que fizemos com a nossa torcida.” Conta Lin Bittencourt, co-presidente da Atlética de Relações Internacionais da PUC-Rio.

“O sentimento é de missão cumprida, tanto pelo segundo lugar geral quanto pela melhor torcida. Em 2018 foi um choque lidar com torcidas muito à frente da nossa, ouvir gritos de “torcida do silêncio”, ter que lidar com uma queda pra série B. Prometemos a nós mesmos que isso nunca mais iria acontecer. A gestão comprou a briga e nossa evolução é assustadora, dentro e fora de quadra. Temos muito a melhorar ainda, mas posso ter certeza que, em quaisquer jogos futuros, as outras atléticas saberão que os atletas da Lhama Internacional não jogam sozinhos, e nunca mais irão jogar. ” Comenta Fabrício, diretor de esportes 19.1.

“Sem sombras de dúvida orgulho também é um sentimento que temos pra esse troféu e campeonato. Desde a criação da Lhama lá em 2015, eu queria ver a nossa atlética assim: em várias semis e finais, ganhando medalhas de ouro, chorando de alegria, ficando rouca no primeiro dia por não se aguentar de cantar e levantando um troféu no final. ” Completa Lin.

Esse Humaníadas deixou muita saudade, foi emocionante demais todos os os 4 dias, com certeza todo mundo tem uma boa história para contar. Agora o que nos resta são as lembranças, os troféus e aguardar o ano que vem!

Diz aê, qual foi teu maior orgulho nesse Humaníadas 2019?

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