A formatura não significa o fim da Atlética!

Tudo na vida é um ciclo, envolvendo então o começo, meio, e, inevitavelmente, o seu fim. E é também assim com a vida de um diretor de atlética. Embora saibamos que é impossível parar de amar aquilo que você ajudou a construir, uma hora chega o momento que se há de despedir daquilo que foi seu mote por algum tempo.

Viver uma atlética envolve muito mais do que apenas marcar horário de treinos, conseguir recursos e inscrever atletas, envolve, como não dizer, gerenciar o sonho de muita gente. Pode ser o sonho de praticar esportes, de competir, de participar de algo, de vencer. Quando você está dentro de uma atlética você é um porta voz, uma referência, alguém que serve a um propósito. Você pode perder muitas coisas por causa da atlética, coisas que talvez nunca voltem e é verdade, pode afetar partes da sua vida, mas o propósito é o que te mantém ali. Foi te passada uma missão e a vontade de cumprir é o que te guia. Mas toda missão tem seu fim.

Foto: JOIA Ponta Grossa

E quando você passa muito tempo dentro de uma instituição, a sensação de que isso vai acabar uma hora parece sufocante, embora pelos mais variados motivos você já tenha pensado em largar tudo, quando chega a hora de dizer adeus é um momento complexo e uma grande variação de sentimentos. Dizem que quem já foi diretor nunca vai deixar de ser, pois sempre estará ali para socorrer sua instituição amada. Talvez seja verdade, pois duvido que qualquer um que já tenha vivido as emoções de uma atlética deixaria de fazer algo para o bem da mesma e talvez seja importante que as pessoas pensem assim, que continuem se sentindo parte daquilo e que, ao final de tudo, sintam-se representadas. Sempre pautei a ideia de uma atlética como a representatividade. Seja do seu curso, seja dos seus amigos próximos ou até do seu esporte. Quem está envolvido defende algo.

Todo mundo tem um motivo para entrar e um para sair, seja o fim do curso, o desgaste ou a falta de tempo para as demais coisas. Estar na diretoria de uma associação não é fácil, é um trabalho desgastante e que exige empenho e total compromisso. Você automaticamente vira teto, não é mais pedra. A cobrança vem e com ela a pressão, a vontade de fazer melhor, o medo do fracasso, tudo isso é sentimento constante na vida de um diretor de atlética, mas uma hora chega a hora de passar o bastão. Há pessoas mais entusiasmadas, com mais gás e que podem continuar contribuindo para o seu sonho. Sair não significa abandonar.

Foto: JOIA Ponta Grossa

O medo do desconhecido tem várias faces, você terá que aprender a não ser mais a pessoa da atlética, terá que aprender que outras pessoas tomarão decisões que talvez você não tomaria e, principalmente, terá que entender que isso tudo é ótimo, pois uma atlética é maior do que as pessoas que estão nela. A hora de todos chega, como já dito nesse texto, que tem a missão de ser não só um desabafo ou uma despedida, como um alento a todos que já carregaram esse fardo de estar em uma instituição. Saber aproveitar que todo o seu trabalho rendeu frutos e que outras pessoas continuarão a fazer o que você já fez é o melhor adeus que um diretor de atlética pode receber.

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