A adesão do E-sports aos jogos universitários

Fala pessoal, tudo certo? Todo mundo já deve ter ouvido falar desses “joguinhos” de PC/Play Station/Xbox né, pois bem, neste texto vou explanar um pouco sobre como as modalidades do e-sports vêm se expandindo no meio universitário.

Pra quem não sabe o que significa e-sports, vou dar uma explicada: e-sports é um termo usado para competições organizadas de jogos eletrônicos, em que existem times com variados números de jogadores para cada tipo de game – assim como os de quadra. No momento, os jogos mais em alta são o League of Legends, CS:GO e FIFA. Em todas as regiões do mundo existem as ligas para cada uma dessas “modalidades” nas quais os times e jogadores se enfrentam para ver quem irá participar de um possível mundial, representando aquela região do planeta.

Foto: Mundial League of Legends

No meio universitário funciona de um jeito um pouco diferente. Para a participação nos campeonatos de alto nível, é fundamental que você tenha um time – que normalmente é o da atlética – e às vezes precisa-se estar disposto viajar para alguns desses eventos. O mais famoso deles é o TUES (Torneio Universitário de E-Sports), que teve seu inicio em 2016 e funciona até hoje com as modalidades de League of Legends, CS:GO, FIFA, Clash Royale e HearthStone.

Atualmente o TUES conta com 105 organizações, entre atléticas e DCE’s e, para que existam disputas mais justas, foram criadas duas divisões: os veteranos e os calouros, dentro as quais existem os grupos que, normalmente, vão do A até o D. Esse torneio funciona de forma semestral e a cada 6 meses os times participam dos “vestibulares” na esperança de conseguir uma vaga.

Foto: TUES 2018

No Paraná, nós temos a galera da UTFPR – Pato Branco que foi tricampeã na modalidade de CS:GO, no TUES e embarcou para Portugal em busca de vitórias em cima dos times do país europeu.

Conversamos com o Vinicius Benetti, o Vivizera (nome dele no game), pra contar um pouco como foi a experiência de jogar em terras europeias e sobre como os esportes eletrônicos podem estar agregando nos jogos universitários, se liga:

“A nossa equipe se conheceu jogando um contra o outro num campeonato dentro da própria universidade, acabamos nos conhecendo melhor e resolvemos criar o time de CS:GO da AAAE – UTFPR Pato Branco, e durante o passar dos semestres nós tivemos apenas duas trocas de jogadores, o restante continua o mesmo. Possuímos uma relação muito boa e temos a sorte de que 5 jogadores, super talentosos, estão dentro da UTF – Pato Branco. Mas antes de conquistar o tricampeonato, nós ganhamos um torneio de 5 mil reais aqui na região do PR. Era um torneio aberto, onde o nível era um pouco maior do que os que a gente encontra dentro dos times universitários. Mesmo assim, a estrutura do TUES é muito boa e a organização do torneio se empenha demais pra fazer o evento acontecer todo semestre.

E ele ainda nos deu um gostinho de como foi ganhar a viagem para Portugal:

Sobre a viagem pra Portugal, foi meio que uma surpresa! Eles falaram que o vencedor do segundo semestre iria ganhar uma vigem com tudo pago pra Europa e foi quando a gente começou a se empenhar mais ainda, todo mundo queria viajar sem gastar muita grana. Lá no torneio, acabamos perdendo para os portugueses, infelizmente, mas mesmo assim foi uma experiência muito bacana, agregou muito pra nós, como time. Um tempo atrás eu ouvi boatos de que algumas grandes ligas no PR estariam com o interesse de colocar o e-sports como modalidades esportivas e eu acho isso muito legal, porque não são todas as pessoas que se dão bem em esportes de quadra e etc., então acho que se isso acontecesse, pessoas que não iam para os jogos antes, acabariam se interessando. Eu sempre estou presente em todos os eventos com a atlética, como o JOIA e o Engenharíadas Paranaense e ficaria lisonjeado em representar o Pato nessas modalidades.”

Como esses jogos têm um público enorme, existem também os campeonatos universitários internos de cada modalidade. Um exemplo: a RIOT Games, aqui no Brasil, criou o UNILOL, em que os alunos da universidade inscrevem um time de até 6 pessoas para participarem da competição. Neste ano, o campeão do UNILOL foi a UFABC – Storm.

Foto: UFABC – Storm

Agora saindo do alto nível e indo um pouco mais pro amador, temos os campeonatos de e- sports menores, que são os organizados pelas ligas das atléticas de cada região. O JIA Londrina é um deles. No cronograma do ano passado, as modalidades de CS:GO e League of Legends foram incluídas na disputa, mas sem contagem de pontos nas colocações gerais, porém mesmo assim foi um sucesso. Os jogos foram até streamados (vídeos ao vivo) via Facebook. Adiante, também tivemos lugares onde não foi sucesso a inclusão do e-sports. No JUA – Jogos Universitários de Apucarana, uma galera não gostou da adesão dos jogos eletrônicos e a explicação era de que eles não consideravam como modalidade esportiva. Mas é aquele ditado: nem Jesus agradou todo mundo, né…

Os jogos de videogames e computador já são antigos parceiros dos universitários, na esperança de esquecer um pouco da pressão da faculdade. Ah, mas também vale lembrar

que não devemos deixar isso atrapalhar o rendimento dos estudos, tem hora pra jogar e pra estudar (minha mãe que o diga hahaha). E comissões organizadoras: FIQUEM ATENTAS!! A inclusão dos jogos eletrônicos é de grande valia pra atrair esse povo que ainda não conhece os jogos universitários ou que conhece apenas modalidades de quadra…

É isso galera, até a próxima!

Quer saber mais sobre o tema? Bora lá:

E-sports como forma de expansão do alcance da Atlética!

7 passos para montar uma equipe de E-Sports para Atlética!

As modalidades mais promissoras para os jogos!

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